A entrevista da Globo com Victoria Nuland, subsecretária para Assuntos Políticos dos EUA, expõe mais uma vez a submissão do jornalismo da emissora aos interesses estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos. Nuland, envolvida na invasão do Iraque e no golpe de Estado na Ucrânia, foi apresentada sem contestações, permitindo que ela elogiasse a atuação brasileira na mediação do fim da guerra na Ucrânia e destacasse o suposto apoio dos EUA à democracia no Brasil, ignorando a intervenção no golpe contra Dilma Rousseff e a Operação Lava Jato.
A visita de Nuland está relacionada à política externa do governo Lula, que contraria os interesses do imperialismo. O Brasil investe no BRICS, o bloco formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, inclinado a abandonar o dólar, o que desagrada os EUA. Além disso, a Rússia e a China, em atrito com o imperialismo, são alvos de aproximação dos EUA para enfraquecer o bloco.
O jornalismo da Globo também adere ao discurso americano ao tratar Nicolás Maduro e Daniel Ortega, presidentes da Venezuela e Nicarágua, respectivamente, como ditadores. A emissora reproduz a visão dos EUA, ignorando a realidade desses países e suas situações políticas.
A entrevista com Nuland não passa de uma encenação, evidenciando a subserviência da Globo aos interesses estrangeiros. A postura da emissora em relação a Lula é crítica, buscando questioná-lo sobre suas declarações em relação à Venezuela e ao conceito de democracia. O jornalismo da Globo, no entanto, é seletivo e tendencioso, deixando de lado a imparcialidade.
A atuação da Globo visa pressionar o governo brasileiro e os países vizinhos que adotam políticas nacionalistas, tratando-os como ditadores para atender aos interesses do imperialismo. A emissora teve participação no golpe contra Dilma e deve ser denunciada e combatida, por ser inimiga do povo brasileiro, especialmente da classe trabalhadora.