No terça-feira (7), o exército de “Israel” invadiu a região de Rafá, no sul da Faixa de Gaza, e tomou o controle da fronteira com o Egito.
O exército sionista afirmou que a brigada 401 havia assumido “controle operacional” do lado de Gaza do posto de fronteira. Além disso, há tanques israelenses em uma região mais central de Rafá.
O exército alegou que a passagem estava “sendo usada para propósitos terroristas”, e que o ataque com morteiro do Hamas no domingo (5) na passagem de Karem Abu Salem, conhecida como Kerem Shalom para os israelenses, que permanece fechada, foi lançado da vizinhança. No entanto, até agora, não forneceu provas.
Um porta-voz da Autoridade Palestina de Passagens confirmou à agência de notícias Associated Press que as forças israelenses haviam assumido o controle da passagem e a fechado temporariamente.
A invasão acontece menos de um dia após o Hamas ter afirmado que aceitaria a proposta de cessar-fogo feita pelos mediadores, Catar e Egito e também com a participação direta dos EUA. “Israel” afirmou que discutirá a proposta, enviando, inclusive, uma delegação para o Egito.
A tomada da fronteira ainda não configura uma operação completa de invasão de Rafá. O exército de “Israel” pode estar apenas tomando o controle dessa região para pressionar o Hamas em um possível acordo.
O Hamas emitiu um comunicado oficial sobre o acontecimento:
“O ataque do exército de ocupação à passagem de fronteira de Rafá com o Egito nesta manhã é uma escalada grave contra uma instalação civil protegida pelo direito internacional, com o objetivo de agravar a situação humanitária na Faixa de Gaza ao fechá-la e impedir o fluxo de ajuda humanitária de emergência para nosso povo sitiado, que está sujeito a uma guerra de genocídio sistemático e fome pela ocupação nazista.
Este crime, que ocorre imediatamente após o anúncio do Hamas de sua concordância com a proposta dos mediadores, confirma a intenção da ocupação de perturbar os esforços de mediação para cessar-fogo e libertar prisioneiros, pelos interesses pessoais de Netanyahu e seu governo, e em execução do plano de genocídio e deslocamento realizado pelos sionistas de extrema direita liderados pelo criminoso de guerra Netaniahu.
Apelamos ao governo norte-americano e à comunidade internacional para pressionar a ocupação a interromper essa escalada que ameaça a vida de centenas de milhares de civis deslocados em Rafá e em toda a Faixa de Gaza.”