Fortalecer os Comitês e a mobilização pela Palestina

Coordenação dos Comitês de Luta

No último dia 13, milhares de pessoas se mobilizaram em várias capitais do País contra o genocídio do povo palestino e em apoio à sua combativa luta, como parte dos protestos de mais um dia internacional de solidariedade aos palestinos.

Realizados em um período de férias e dispersão do ativismo, os atos – mesmo pequenos em sua maioria e diante da importância e do potencial existente – expressaram a tendência à retomada da mobilização realizada desde outubro passado, com sinais de uma incipiente evolução à esquerda no interior do movimento, impulsionada pelos acontecimentos no Oriente Médio.

A ação firme e resoluta das organizações palestinas em sua luta contra o genocídio vão desmascarando cada vez mais o regime nazista do sionismo e o imperialismo que lhe apoia, sendo cada vez mais combatido, com importantes vitórias desses povos oprimidos contra a odiosa dominação imperialista.

É notório que não só “Israel”, como também os EUA vem sendo derrotados em sua ofensiva, sendo desmascarados, perdendo cada vez mais o apoio, ao mesmo tempo em que cresce a revolta dos povos árabes e o apoio à resistência armada – única forma real de parar a mão assassina do regime nazista de Netanyahu -, na Palestina e em todo o mundo.

Realizados poucos dias depois da decisão tímida, mas importante, do governo Lula de anunciar apoio ao processo na Corte Internacional de Justiça contra o genocídio praticado por Israel, movido pela África do Sul (e que já tem o apoio de mais de 80 países), os atos – de um modo geral – refletiram um crescimento do apoio às posições mais combativas no interior do movimento em defesa da Palestina no Brasil, deixando isoladas as posições dos que gostariam de fazer do movimento meramente uma tribuna para criticar o governo e lamentar o que acontece na Palestina, sem uma posição combativa, de luta, diante dos acontecimentos.

Ainda que em número pequeno, cresceu a participação de ativistas dos movimentos árabes e palestinos, sindicalistas, militantes dos movimentos sem-teto e sem-terra.

É preciso ampliar essa mobilização, deixar para trás os atos demonstrativos (apenas de “representantes” das entidades e grupos da esquerda) e as iniciativas, como as dos Comitês de Luta e do PCO, no sentido de realizar uma ampla campanha junto aos trabalhadores e à juventude, convocando amplamente a mobilização em defesa da luta do povo palestino que é a mesma luta do povo brasileiro contra a dominação imperialista.

Para isso, é preciso constituir ou fortalecer os Comitês em defesa da Palestina, de forma ampla, democrática, com o objetivo claro de impulsionar as atividades de mobilização, como produção de cartazes, panfletos, adesivos, organização de atos etc.