No último domingo (04), ocorreu, em São Paulo, a Conferência Estadual dos Comitês de Luta de São Paulo.
Na mesa, estiveram presentes o companheiro Nivaldo Orlandi, dos comitês de luta de Embu das Artes, Lilian Miranda, da Direção do PCO e dos comitês de luta de Marília, Antonio Carlos Silva, da Direção do PCO e da Corrente Sindical Causa Operária, e Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO.
Na fala inicial da Conferência Estadual, Rui Pimenta assinalou: “temos duas perspectivas divergentes: acreditar que é possível manipular as contradições de dentro do regime político ou a mobilização popular”.
O primeiro é um erro que já se mostrou desastroso no passado recente. Infelizmente, há todo um setor imerso nessa política, voltado para PT para a mobilização dentro do aparato do Estado. Se o Congresso não aceita, usa o STF. Se o STF não aceita, procura a imprensa. Obviamente, não irá funcionar.
A posição do presidente Lula, quando chama o presidente venezuelano Nicolás Maduro para o Brasil, é uma posição combativa deste ponto de vista, mas do ponto de vista da mobilização, é insuficiente. É necessário convocar as massas para intervir.
Desenvolvendo a discussão, Rui também afirmou:
“Mais cedo ou mais tarde a situação vai evoluir para um confronto. O governo do PT vai se colocar na seguinte encruzilhada: ou bate de frente com a burguesia, ou abaixa a cabeça e vai ser um governo condenável, porque vai ser abandonado pelos trabalhadores se fizer isso daí. Não é uma perspectiva para o futuro longínquo; A eleição foi muito dividida. O bolsonarismo teve quase metade do eleitorado, o país está dividido, o que aumenta exponencialmente o problema do governo Lula. Sem essa divisão, a burguesia conseguiu derrotar com relativa dificuldade o governo de Dilma Rousseff. Eles tiveram de improvisar um movimento para poder dar uma aparência de legitimidade popular para um movimento golpista de 2016. Agora não, o negócio está aí, está pronto”.
“Que a conferência seja um empurrão, um pontapé para a mobilização”, destacou, da mesa, o companheiro Antônio Carlos Silva, da Direção Nacional do PCO, durante sua fala no Congresso Estadual de São Paulo.
Ele ainda destacou que um dos objetivos da conferência seria pressionar as direções da esquerda nacional para que convoquem um congresso do povo.
A Conferência contou com uma ampla participação, dentre os presentes, José Pessoa, cordelista e filiado do Partido da Causa Operária (PCO).
Em abril deste ano, Pessoa foi censurado por Sérgio Moro por escrever o que milhões pensam acerca do juiz golpista da Lava Jato.
Fabiano, do Movimento de Inclusão e Moradia, também presente na Conferência estadual, afirmou que “os movimentos sociais e os trabalhadores têm que se unir para defender o governo”.
Rodrigo Antunes, de Guarulhos, deu também o seu depoimento sobre o evento:
“A conferência foi muito boa, reuniu uma grande quantidade de companheiros. O evento serviu para integrar os companheiros para a Conferência Nacional, que será um evento ainda mais importante”.
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