Diante da anulação do acordo de leniência firmado em 2016 entre a empreiteira Odebrecht e a Lava-jato pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que declarou as provas produzidas como imprestáveis e que a prisão de Lula foi um dos maiores erros jurídicos da História do Brasil, O Globo saiu em defesa da operação criminosa no seu editorial.
A imprensa golpista, que hoje tenta aparecer como democrática, mas foi um dos principais agentes do golpe de Estado, mostra que continua igulmente golpista.
É interessante como o jornal da família Marinho fazer a defesa da Lava Jato, para isso descreveu a lógica apresentada por Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional do Brasil, que teria dito: “Se houve erros, isso deve ser apurado e corrigido, com responsabilizações atribuídas… Mas num prédio em que se descobre um vazamento de água, deve-se consertá-lo ou demolir o edifício?”.
Estranho que a mesma lógica não foi defendida quando as obras e atividades das empresas que mantinham contratos com a Petrobrás foram embargadas, ao invés, de se buscar minimizar os impactos econômicos, afastando somente os envolvidos num possível esquema de corrupção. É preciso destacar que não existe essa possibilidade no juridiquês, os processos devem ser anulados por completo ao se constatar erros na produção de provas.
O problema é que a Lava-jato comandada conjuntamente entre o acusador, então procurador do Ministério Público Federal e chefe da operação, Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro, agentes do imperialismo no Brasil, foi elaborada com o propósito de pilhar a Petrobrás e minar a economia nacional.
O editorial do jornalão dos Marinho também questiona “Se houve erros na Lava-Jato — e houve —, por que não foram detectados pela segunda instância ou, depois, pelo STJ? Ou ainda pelo STF, nos casos que julgou? O Supremo errou também? O Judiciário brasileiro é, no mundo, um dos que mais oferecem caminhos para verificar e sanar problemas em processos — talvez até em excesso. Só agora um juiz enxergou a falha?”.
Aqui deve-se responder categoricamente que não houve “erro”, o Judiciário participou de toda a farsa ativamente. Tratava-se de uma perseguição política por parte do Judiciário. Mas agora, Toffoli está rifando o “Marreco de Curitiba” e buscando limpar a própria barra. É preciso ter claro que os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, bem como, os ministros STF participaram de toda armação.
Sobre a responsabilização de agentes públicos que conduziram o caso, O Globo indaga: “Serão punidos a partir dos diálogos, fruto do crime de um hacker?”.
É importante questionar se a divulgação de crimes cometidos pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Judiciário seriam crimes ou um serviço ao povo brasileiro. Neste caso, nem mesmo o STF que participou dessa farsa teria competência para julgar.
A imprensa golpista que participou ativamente da Lava-jato, dando holofotes para o “Powerpoint” de Dallagnol e para o juiz que vazava provas, não quer que o presidente Lula seja absolvido de uma obra que tinha como objetivo a destruição do Brasil. Isso porque a condenação da Lava-jato representa sua própria morte enquanto meio de comunicação.
* Com informações do Diário Causa Operária