No estado de Goiás, a luta pela legalização do aborto enfrenta obstáculos enquanto a direita busca aprofundar a criminalização.
Uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa exigindo que gestantes ouçam os batimentos cardíacos do feto antes de optarem pelo aborto legal foi contestada pelo sindicato da saúde, resultando em uma decisão favorável do desembargador Paulo César Alves das Neves, que deu cinco dias para a Assembleia se manifestar sobre a suspensão da lei.
A medida judicial, embora uma vitória temporária, não garante o fim dos avanços da direita. A lei, sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, é criticada por sua imposição cruel às mulheres, especialmente vítimas de estupro ou em situação de risco à vida.
O sindicato argumenta que essa imposição representa mais uma forma de violência, dificultando o acesso das mulheres ao aborto legal.
O caso reflete a continuidade da opressão da direita no Brasil, mesmo sob o governo Lula, destacando a importância da luta das mulheres trabalhadoras para combater essa ofensiva e conquistar o direito real ao aborto, garantindo sua legalidade, segurança e gratuidade pelo Sistema Único de Saúde.