Desde o domingo (24/03), a população da Jordânia saiu às ruas todos os dias em defesa da Palestina, da resistência e contra a política de normalização com “Israel” do reino da Jordânia. Os protestos se dirigiam a embaixada do Estado sionista as noites e quase todos os dias entraram em confronto com a polícia, que protegia a embaixada.
Na terça-feira (2), o governo apresentou uma lista de novas restrições e proibições para tentar frear os protestos, que não mostram sinais de cansaço.
A lista de restrições inclui:
- Proibição de kefiés (o tradicional lenço palestino preto e branco)
- Proibição de entrada de quaisquer bandeiras
- Proibição de entrada de muitos cartazes
- Interrupção dos protestos após a meia-noite (muitos dos protestos se estenderam até o amanhecer na última semana, eles começam a pós o por do sol devido ao Ramadã)
- Proibição da entrada de crianças (o que tem o efeito de impedir os pais de comparecerem).
Essa série de restrições vem após a Jordânia proibir bandeiras palestinas nos protestos, levando os manifestantes a carregar as bandeiras em seus telefones. Também aconteceram inúmeras prisões de manifestantes e detenção de um número ainda maior. O reino da Jordânia teme que a mobilização em defesa da Palestina derrube a própria monarquia, algo que é cada vez mais possível dada a radicalização.