O governo de São Paulo invadiu os celulares de mais de 4 de milhões de estudantes e 300 mil professores da rede básica de ensino, conforme denúncias da comunidade escolar que pululam na internet. Segundo os alunos e educadores, o aplicativo “Minha Escola” foi instalado sem autorização nos celulares pessoais destes no último dia 8.
O sindicato dos professores publicou nota informando que “a APEOESP foi procurada por grande número de professoras e professores informando o surgimento em seus celulares do aplicativo Minha Escola SP, sem que tenham autorizado, como exige a Lei Geral de Proteção de Dados. Imediatamente, o sindicato entrou em contato com a Seduc, que informou que a empresa contratada instalou indevidamente o aplicativo por meio do chip corporativo enviado pelo governo aos servidores, e que a pasta orientava a desinstalar”.
A Secretaria de Educação minimizou o episódio dizendo se tratar de uma falha. Apesar disso, o secretário de Educação, Renato Feder, tem contra si um histórico de fazer o mesmo quando exercia a mesma função no estado do Paraná. À época, o caso foi tratado também como um engano, o que não explica a razão pela qual aplicativos estão sendo instalados em celulares de uso pessoal de estudantes e professores da rede estadual.
Como as respostas são vagas, sobram as especulações sobre que tipo de negócios o gabinete do governador Tarcísio Freitas vem fazendo, como os aparelhos pessoais de cidadãos estão sendo invadidos e para quais fins. Certamente não é para objetivos acadêmicos.