Segundo o jornal israelense The Times of Israel, o governo de Israel aprovou o acordo mediado pelo Catar de trégua temporária.
Uma declaração do governo anunciando o resultado da votação não detalhou como os ministros votaram. Apesar de expressar anteriormente oposição ao acordo, o partido de extrema-direita Sionismo Religioso votou a favor, com apenas membros da facção ultranacionalista Otzma Yehudit do Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, votando contra.
Hamdah Salhut, da Al Jazeera, reportando a partir de Jerusalém Oriental ocupada, disse que o acordo inclui a libertação de cerca de 50 cativos em troca de 150 prisioneiros palestinos no prazo de quatro dias durante os quais haverá um cessar-fogo em Gaza.
“Ainda não temos o acordo final sobre a mesa. Não foi divulgado ao público ou à imprensa, mas o gabinete do primeiro-ministro israelense [está] confirmando que o governo votou pela aprovação deste acordo.”
Agora que a trégua foi acordada, o processo deve se desenvolver em várias fases, indicando que um cessar imediato dos bombardeios israelenses em Gaza é pouco provável.
Um comunicado oficial deve ser enviado ao Catar, informando sobre a aprovação do acordo de trégua pelo gabinete israelense. Em seguida, haverá um anúncio oficial no Catar sobre o acordo.
Esse anúncio marca o início de um período de 24 horas, durante o qual qualquer cidadão israelense contrário ao acordo de trégua pode apelar da decisão ao Tribunal Superior de Israel.
Nesse intervalo, não ocorrerá a libertação de cativos em Gaza nem de prisioneiros palestinos nas prisões israelenses.
Após o término desse período de apelação, é provável que a primeira troca de cativos e prisioneiros ocorra na quinta ou sexta-feira.