A greve dos metroviários no Recife, que se iniciou na noite de quarta-feira (2/8), continua mesmo após tentativas de mediação da Justiça do Trabalho entre os trabalhadores e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) terem fracassado. Durante uma reunião de conciliação realizada na sexta-feira (4), não foi alcançado um acordo para pôr fim ao movimento grevista.
A greve foi deflagrada após duas paralisações, com o objetivo de reivindicar o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o período de 2023 a 2025, bem como a retirada da CBTU do Plano Nacional de Desestatização (PND) do governo federal.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) havia estipulado que 60% da frota de trens do metrô fosse disponibilizada durante os horários de maior demanda (das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 19h30), com 40% nos demais períodos. O não cumprimento dessa determinação implicaria em uma multa diária de R$ 60 mil, o dobro do valor estipulado durante a paralisação anterior.
A Justiça do Trabalho convocou uma reunião de conciliação entre o Sindicato dos Metroviários e a CBTU. Entretanto, as negociações não prosperaram e um novo encontro pré-processual foi agendado para a próxima segunda-feira (7/8), às 15h, na sala da vice-presidência do TRT-6.
Enquanto a greve persiste, os metroviários realizaram uma passeata pelas ruas do Centro do Recife, partindo da Estação Recife do metrô, no bairro de São José, até a sede do TRT-6 no Cais do Apolo. O movimento grevista demonstra a determinação da categoria em buscar seus direitos trabalhistas – e é assim que deve continuar.