Nesta quarta-feira (20), as forças israelenses de ocupação perpetraram novo ataque contra o Hospital Camal Aduan, localizado no norte de Gaza. Imagens divulgadas em redes sociais mostram vários palestinos sendo sequestrados, dentre os quais pacientes, funcionários do hospital ou apenas pessoas que se refugiavam no local, muitas das quais idosas. As imagens mostram os sequestrados sendo despidos e vendados antes de serem levado para local desconhecido.
Sequer seus familiares foram informados do(s) local(is) para onde eles teriam sido levados. Conforme noticiado pela emissora Press TV, reproduzindo citação de canal de imprensa que defende a luta dos palestinos, a situação “é como se eles estivessem sendo levados para um matadouro”.
O Ministério de Saúde de Gaza se pronunciou sobre o ataque mais recente, informando que “tiros pesados foram direcionados ao escritório do diretor do hospital” e “as famílias da equipe médica” foram alvos dos israelenses: “dois médicos do hospital perderam suas famílias inteiras, enquanto a ocupação massacrava suas esposas e filhos em um crime hediondo que envergonha a humanidade”, declarou o Ministério.
Desde o começo da guerra, o Hospital Camal Aduan já foi alvo de vários ataques criminosos por parte das forças israelenses de ocupação. Em ocasiões anteriores, sequestros também foram realizados. Alguns dos prisioneiros já libertos descreveram terem sido submetidos a torturas severas nas prisões israelenses.
O recente ataque faz parte da nova fase da ofensiva genocida sionista contra o povo palestino, que, em Gaza, está se concentrando no norte do enclave, tendo como principais alvos a cidade de Beit Lahia e o campo de Jabalia. Mais de 2 mil palestinos já foram assassinados nos últimos 45 dias.
Por sua vez, desde o começo da guerra, “a ocupação tem como alvo deliberado equipes médicas, tendo executado mais de 1.000 médicos, enfermeiros e profissionais de saúde em Gaza até o momento”, conforme informado pelo Ministério da Saúde de Gaza, acrescentando que “Gaza está passando por uma fase catastrófica sem precedentes em qualquer país do mundo”.