Os três maiores bancos privados do País, Itaú, Bradesco e Santander, tiveram juntos um lucro superior a R$15,52 bilhões apenas no 2º trimestre do ano. Na imprensa, a notícia repercutiu como se o balanço fosse negativo, sob a ótica de que o montante representa uma queda em relação ao mesmo período de 2022, porém o fato é que os piores parasitas da economia nacional continuam lucrando, e muito.
Dado a generosa política de juros praticados pelo Banco Central, é até uma demonstração de incompetência a divulgação de tais balanços, porém, uma leitura mais atenta revela ainda que não falta competência aos administradores. Sobra malandragem.
O lucro divulgado pelos bancos é artificialmente jogado para baixo, através de manobras contábeis como a chamada Provisão para Devedores Duvidosos (PDD). A desculpa é de que para se precaver de calotes, os bancos criam um fundo de reserva, o PDD. Ocorre que o custo do calote já é computado no cálculo dos juros cobrados pelos bancos, chamado de spread bancário e que já conta com a taxa de inadimplência na sua composição.
O lucro real dos bancos, portanto, é imensuravelmente maior do que o apresentado pela imprensa de direita. Pior ainda, esse lucro é inteiramente construído sob o suor do povo trabalhador, diretamente (através do assalto aos cofres públicos pela rolagem da dívida pública artificial) e indiretamente, através das operações de crédito cada vez mais caras e necessárias devido à conjuntura geral do País, do qual os bancos são os principais culpados. É cada vez mais urgente que os comitês de luta e as organizações de defesa dos trabalhadores se mobilizem pela estatização e unificação do sistema financeiro nacional, hoje submetido a um criminoso monopólio privado.