Nesta segunda-feira (25), o Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza informou que desde o ano passado mais de 1.000 médicos e enfermeiros foram assassinados pelas forças israelenses de ocupação em Gaza. Segundo o gabinete, pelo menos 310 foram presos, torturados e executados em prisões.
O órgão de imprensa afirma que resultados são parte de uma política das forças de ocupação de atacar sistematicamente o sistema de saúde da Faixa de Gaza, fazendo dos hospitais “alvo declarado”, sitiando-os, invadindo-os, “matando médicos e enfermeiros e ferindo outros após atacá-los diretamente”.
Umas das vítimas recentes destes ataques criminosos o Dr. Hussam Abu Safia, diretor do Hospital Kamal Adwan, instalação médica que veem sendo alvo de ataques sistemáticos dos israelenses nos últimos dois meses. Ele foi ferido enquanto atendia pacientes, no sábado (23) quando uma bomba foi disparada contra o hospital por um VANT (drone) israelense, estilhaços dela atingido seu corpo. Conforme informações da emissora Al Mayadeen, o ataque feriu várias outras pessoas, incluindo funcionários do hospital. Apesar de seu estado de saúde ter piorado no domingo (24), Safia declarou que “meu sangue não é mais valioso do que o sangue dos outros… Continuaremos a fornecer cuidados humanitários não importa o que aconteça; somos firmes diante do mundo, que é injusto e violou nossos direitos”.
Safia é um dos principais profissionais de saúde em Gaza a fornecer atualizações regulares sobre a ação genocida de “Israel” contra o povo palestino e seu sistema de saúde. O ataque criminoso contra ele correu um dia após ele “ter feito um apelo urgente para que organizações internacionais interviessem e acabassem com o severo cerco israelense ao norte de Gaza”, conforme noticiado por Al Mayadeen.
Além destes ataques diretos, o Gabinete de Imprensa também informou que “o exército israelense também impediu a entrada de suprimentos médicos, delegações de saúde e centenas de cirurgiões em Gaza”, outra tática utilizada pelas forças de ocupação para destruir o sistema de saúde de Gaza.
Até o fechamento desta edição, em números oficiais, ao menos 44.211 palestinos foram assassinados diretamente por “Israel”, sendo o número de feridos mais 104.567 desde 7 de outubro de 2023.