A Rádio do Exército de “Israel” informou que dados preliminares sobre o processo de recrutamento dos haredim (judeus ultraortodoxos) indicam que menos de 4% das 3.000 ordens de recrutamento emitidas para os jovens desde julho resultaram em alistamento no serviço militar.
Comentando sobre o recrutamento dos haredim, Avigdor Lieberman, líder do partido Israel Beiteinu, que defende o recrutamento forçado dos Haredi, criticou o governo por não impor o recrutamento. Lieberman afirmou que “o exército está violando a lei” e enfatizou que “Galante [ministro da Defesa] deve garantir que a lei seja aplicada a todos“.
“O governo prolongou o serviço regular por quatro meses e o serviço de reserva por um ano“, disse Lieberman ao site jornal Ynet. Ele acrescentou: “chega de cotas, metas e isenções—um povo, um alistamento“, enfatizando que “todo o sistema de cotas deve chegar ao fim“.
Ele acrescentou que espera que tanto o Chefe do Estado-Maior quanto o chefe da “Autoridade Anticorrupção” sigam a lei, afirmando: “a grande maioria dos eleitores do Licude [partido de Netanyahu] e dos sionistas religiosos apoia uma única lei de alistamento para todos. Nunca soubemos como avançar e tomar uma decisão—esse é o cerne da questão”.
Em contraste, Yuli Edelstein, presidente do Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Parlamento, disse ao portal Yedioth Ahronoth: “eu não mudei minha posição. Afirmo desde o início que ou se aprova uma lei de alistamento, ou nada é aprovado. Estou dialogando tanto com as Forças de Defesa de Israel [exército de ocupação] quanto com os haredim“.
Ele acrescentou que o exército precisa resolver as lacunas nos números: “está exigindo 10.000 soldados, mas está disposto a aceitar apenas 3.000”.