Menos de dois meses após assumir o cargo na Casa Rosada, o governo de Javier Milei cancelou benefícios sociais para mais de 27.000 pessoas. Esses são argentinos que faziam parte dos programas Potenciar Trabajo e Potenciar Empleo (que se traduzem em “impulsionar o trabalho” e “impulsionar o emprego”, respectivamente). De acordo com o Ministério do Capital Humano, foram encontradas irregularidades entre os beneficiários com relação à empregabilidade, entre outras condições incompatíveis com o recebimento dos fundos. O anúncio dessa medida, feito no último sábado, dia 20, ocorre apenas quatro dias antes da greve geral anunciada pelo principal sindicato do país, a CGT. Espera-se que ocorram protestos e piquetes em toda a Argentina.
De acordo com a Ministra Sandra Pettovello, que ocupa o cargo de Ministra do Capital Humano, a redução nos benefícios sociais levará à suspensão de pagamentos no valor de aproximadamente 2 bilhões de pesos argentinos (equivalente a 12 milhões de reais). O ministério relatou vários problemas, incluindo discrepâncias envolvendo trabalhadores autônomos, não residentes e beneficiários falecidos. Desde que o novo governo tomou posse em 10 de dezembro, mais de 31.000 pessoas perderam seus benefícios. Atualmente, os casos de 150.000 beneficiários que viajaram para o exterior estão sendo analisados.
Essas supostas irregularidades no fim das contas só servem para prejudicar ainda mais a população argentina.