Servidores da saúde do município do Rio de Janeiro estão denunciando a política reacionária do prefeito Eduardo Paes (PSD), que investe diariamente contra os servidores e usuários da saúde do Rio de Janeiro.
Paes obstruiu a mesa de negociação pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), aumentou a alíquota de desconto da previdência, não repôs a inflação de 2020 e 2021, não repôs os triênios congelados, e manobrou de maneira perversa com a data de pagamento do acordo de resultados.
Além disso, o arrocho salarial é histórico e os servidores estão há anos com os salários “congelados”; profissionais com nível superior (incluindo médicos, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, etc.) têm salário-base de menos de R$4.000. O objetivo é humilhar o trabalhador e fazer com que ele desista pelo cansaço.
Com estas e outras medidas, o atendimento à população se vê degradado, apesar de todo o esforço do funcionalismo que, na época da pandemia, eram chamados de “heróis” e agora, são tratados como bandidos.
Um dos objtivos de tanta degradação do servidor da Saúde é a privatização do SUS. O prefeito quer fazer a vontade dos mercadores da saúde privada e entregar o SUS ao capital estrangeiro, e para isso, tenta implementar uma Parceria Público Privada, PPP, na maior emergência da América Latina, o Hospital Municipal Souza Aguiar.
O discurso é sempre o mesmo, de que haverá maior eficiência na gestão, uma mentira evidenciada pela Supervia, um grande exemplo de desastre na oferta de serviço e estrutura. Outra privatização, da Cedae, deu aos fluminenses água mais cara. Tudo que é privatizado fica mais caro e cada vez pior.
A denúncia da privatização e a pressão do trabalhador que se organiza em diversas frentes, adiou o ataque e a concorrência de parte do hospital Souza Aguiar, prorrogada para 27/7/2023 na bolsa de valores de São Paulo. Isso mesmo! Um pedaço importante do SUS está sendo vendido na B3!
É preciso esclarecer ao trabalhador e à opinião pública que a privatização do hospital é mais uma ação coordenada para destruir o SUS e exterminar o servidor público, que hoje se levanta pela saúde do Rio de Janeiro.