Na quarta-feira (24), o militante do PSOL que se destaca por sua defesa da Palestina, Thiago Ávila, foi detido ao chegar no aeroporto do Panamá e foi escoltado até uma sala de interrogatório, onde ficou por algumas horas. Ele passava pelo país da América Central ao sair de Cuba voltando de um evento da Caravana Internacional de Solidariedade.
Pouco após ser liberado, Ávila publicou um vídeo em suas redes sociais declarando: “há 20 anos que passamos por coisas assim. Nos últimos tempos se intensificou muito. Os policiais estavam me esperando na porta do avião. Quando entreguei o passaporte falaram que era uma verificação de rotina. Mas quando chegamos na salinha me perguntaram sobre Gaza, sobre a Flotilla, sobre países que visitei, se já fui preso. Já houve outros militantes que passaram por isso”.
Não é a primeira-vez que esse tipo de repressão acontece. Em 2023, o presidente do Instituto Brasil-Palestina (IBRASPAL) foi detido no Panamá por 32h também por ser um defensor da Palestina. Na ocasião mais de 20 pessoas o interrogaram, ele foi impedido de usar seu celular e ter contato com advogados.
Na época, afirmou: “Eu fiquei preso sem nenhum motivo. Sou vítima de perseguição por causa da minha origem palestina”.