Campinas registrou 120,4 mil casos e 80 mortes por dengue em 2024, marcando o pior cenário da história. Preocupada em evitar uma repetição em 2025, a Secretaria de Saúde anunciou a expansão do plano de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O município segue em epidemia, mesmo após o fim do estado de emergência, e orienta os moradores a procurarem atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, evitando automedicação.
Entre julho e outubro deste ano, a cidade confirmou 3,6 mil casos de dengue, número muito superior aos 662 do mesmo período em 2023, demonstrando a gravidade da situação. O pico da transmissão ocorreu em abril, reforçando a necessidade de medidas preventivas. A prefeitura tomou algumas medidas como mutirões, nebulização e visitas a imóveis, ampliou esforços com tecnologias avançadas e parcerias estratégicas. Tudo muito aquém da necessidade da população.
Agora montou um novo plano que inclui iniciativas como o uso de satélites em parceria com a Polícia Federal para identificar criadouros, aplicação de inteligência artificial para alertar sobre vacinas atrasadas, e uso de chaveiros para acessar imóveis fechados. Além disso, serão realizadas “campanhas educativas” em contas de energia, e o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) será acionado para fiscalizar propriedades desocupadas.
O plano ultra repressivo é ridículo. Não envolve em nada o aumento do financiamento da saúde pública. A destruição da saúde pública no País é a causa dessa e de todas as epidemias. A dengue é uma doença de países miseráveis, os banqueiros, com sua política de destruição neoliberal, levaram o Brasil de volta ao século XIX no quesito prevenção da dengue. É preciso dar um calote de dívida pública e investir na saúde.