A crise no setor elétrico brasileiro é evidente, com constantes quedas de energia afetando não apenas a Enel em São Paulo, mas também empresas privatizadas como a CEEE Equatorial no Rio Grande do Sul. Os problemas são generalizados, com relatos de interrupções frequentes no fornecimento de energia, causando transtornos significativos para os moradores, incluindo dificuldades de acesso a serviços essenciais, riscos à saúde e danos aos equipamentos elétricos.
A situação em Porto Alegre, onde bairros como Boa Vista, São João e Higienópolis têm sido afetados por quedas de luz constantes, ilustra a gravidade do problema. Moradores como Angelita Raimundo Cornel e Janaína Sá Brito relatam a recorrência dos apagões e suas consequências negativas, incluindo dificuldades de locomoção para pessoas com deficiência, riscos à saúde devido à falta de acesso a equipamentos médicos e prejuízos financeiros com danos a eletrodomésticos.
A privatização do setor elétrico, exemplificada pela aquisição da CEEE Equatorial pela Equatorial em 2021, é apontada como um fator contribuinte para os problemas enfrentados. A falta de investimento adequado na infraestrutura e a priorização do lucro em detrimento da qualidade do serviço são críticas frequentes às empresas privadas de distribuição de energia elétrica.
Diante desse cenário, defende-se a reestatização do setor elétrico como a única solução viável para resolver os problemas generalizados de queda no fornecimento de energia. Propõe-se que a Eletrobrás, empresa estatal do setor elétrico, assuma o controle de todas as empresas de distribuição de energia, sejam elas grandes multinacionais ou empresas menores, garantindo assim um serviço mais confiável e acessível para todos os brasileiros.