Os docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) votaram, na última quarta-feira (29), que a categoria entrará em greve a partir da próxima segunda-feira (3/6) por tempo indeterminado. A votação aconteceu no Centro de Vivências da UFPB. Alguns campi também iniciaram a greve no mesmo dia, os de Areias, Bananeiras e João Pessoa.
De acordo com o sindicato dos docentes, a paralisação é necessária devido à necessidade de reajuste salarial este ano. No entanto, o governo federal somente ofereceu reajuste de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026.
A reivindicação da categoria é de 22,71% (perdas acumuladas desde 2016) como horizonte de recomposição para os próximos três anos, sendo 7,06% em 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026.
Infelizmente, na última segunda-feira (27), o governo federal reafirmou que não há mais margem para negociação nem reajuste em 2024, após pressão dos grevistas, mas aceitou se reunir novamente no dia 3 de junho.
A paralisação é feita tanto pelos professores, quanto pelos servidores. Em algumas instituições de ensino, ambas as categorias estão em greve, em outras, apenas uma delas está.
Os trabalhadores reivindicam a reestruturação de suas carreiras, a recomposição salarial e orçamentária e a revogação de medidas neoliberais aprovadas nos governos golpistas de Temer e Bolsonaro.