Segundo o jornal golpista O Globo, a CPI do MST se prepara para indiciar o parlamentar petista Valmir Assunção (PT-BA). A matéria “CPI do MST: relatório final deve pedir indiciamento de deputado petista titular na comissão” (Luísa Marzullo, 28/8/2023) informa ainda que o deputado do PT será apresentado no relatório final como o líder do movimento no Sul da Bahia, sendo também “responsabilizado por abusos contra os sem-terras, tais como expulsão de integrantes, queima de residências e trabalho compulsório sem remuneração” (Idem).
Comandada pelos deputados bolsonaristas como Luciano Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), é previsto que a CPI também indicie o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha, recentemente libertado após passar mais de três meses na prisão.
Trata-se de uma evidente manobra para criminalizar tanto o MST quanto o PT e as mobilizações populares. Desde o começo, a criação da CPI não tinha outro objetivo além de colocar na defensiva o maior movimento de luta pela terra do País, que após anos de paralisia, ensaiava retomar as ocupações para forçar a celeridade na reforma agrária. A esquerda, os comitês de luta e as organizações populares devem fazer uma intensa agitação contra a tentativa dos golpistas da direita (tanto bolsonarista quanto a dita “direita civilizada”, isto é, do PSDB) de prender lideranças da luta pela terra e a criminalizar os movimentos sociais.