Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Brasil teve no primeiro semestre deste ano 558 greves, que custaram aos patrões mais 20 mil horas de trabalho.
Ainda refletindo a defensiva dos trabalhadores, a entidade aponta que 449 das paralisações (79,9%) foram realizadas pela defesa de condições de trabalho, acordos e/ou direitos, sendo apenas as 21,1% das greves restantes dedicadas a reivindicações que representam conquistas efetivamente.
Mais organizados e dispondo de melhores condições de trabalho (o que inclui a segurança quanto a demissões), os servidores público lideram o enfrentamento da classe trabalhadora, sendo responsáveis por 58% do total de greves e 65% das horas paradas. O exemplo deve ser seguido pelas demais categorias, que devem lutar também por mais salários e segurança nos trabalhos, devendo os comitês de luta participar da agitação necessária para que os trabalhadores se mobilizem e conquistem direitos hoje restritos ao funcionalismo público.