Na Inglaterra a perseguição à ala esquerda do movimento de defesa da Palestina continua. Em Manchester, uma cidade operária onde o movimento é muito ativo a seção do movimento Campanha de Solidariedade a Palestina foi punida pela direção nacional por defender os “bravos combatentes” que deram um “vislumbre da Palestina liberada.”.
Foram 4 dirigentes de Manchester suspensos pela direção nacional. Sem aviso prévio foram suspensos o presidente, o tesoureiro, o secretário e o oficial de campanhas do CSP de Manchester. O secretário nacional Ben Soffa afirmou: “Esta não é uma suspensão punitiva e tem a intenção de durar apenas até que o assunto possa ser investigado e um relatório considerado pelo comitê executivo da PSC”.
No dia seguinte às suspensões, a CSP divulgou um comunicado em seu site sugerindo que postagens não especificadas nas redes sociais em nome do CSP de Manchester poderiam ter endossado o “assassinato deliberado de civis [israelenses]” e o que descreveu como “sequestro de reféns”. Depois, o diretor da CSP, Ben Jamal, afirmou na Sky News que a facção líder da resistência palestina, o Hamas, estava em “violação do direito internacional” em 7 de outubro porque “alvejou e matou civis”.
Fica claro que a CSP capitulou completamente ante a direita e ao sionismo. Operam como uma polícia interna no movimento impedindo um de seus setores mais ativos de atuar em defesa da Palestina. Não se pode defender a luta armada dos palestinos, apenas defender os palestinos de forma abstrata, da mesma forma que fazem até mesmo os sionistas. Sem defesa da luta palestina não há defesa da Palestina.
Ao ser contatado por telefone, Ben Soffa se recusou a responder perguntas oficialmente, insistindo que fossem enviados e-mails para o endereço de mídia da CSP. Quando questionado se ele acredita que os palestinos têm o direito de se defender usando a força armada, Soffa se recusou a responder. Ele também se recusou a responder quando perguntado sobre a posição da CSP em relação ao uso de defesa armada pelos palestinos. Ben Soffa é ligada ao Partido Trabalhista cuja a direção é radicalmente sionista.