Os banqueiros espanhóis do Banco Santander em solo brasileiro deram mais um golpe nos seus trabalhadores, transformando-os de bancários para terceirizados.
O golpe se dá da seguinte maneira: transfere os bancários para empresas do seu próprio conglomerado, com CNPJ diferentes, cujo objetivo é transformar os bancários em terceirizados. Para isso, fazem a migração para outras empresas, tais como a STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e SX Tools.
Foi o que aconteceu recentemente, no final do mês de janeiro, quando foi feita a migração da área de Facility para a SX Tools.
No começo do ano de 2022, os golpistas da direção do Santander já haviam efetivado mais essa maracutaia, para aumentar ainda mais os seus lucros às custas da miséria dos trabalhadores, quando transferiu todos os bancários da área de tecnologia para uma empresa terceirizada no seu próprio conglomerado, a F1RST.
Dessa forma, os trabalhadores bancários, que continuarão a exercer as suas mesmas funções, passam a pertencer a outro tipo de categoria, a de terceirizados; em consequência terão alterado as suas representações sindicais, sendo excluídos da categoria bancária e da abrangência de sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e, como resultado, a redução da remuneração total e corte de inúmeros direitos e benefícios.
No último dia 07 de março a direção do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, “promoveu protesto, no Radar Santander, contra a prática do banco espanhol de transferir bancários para empresas do seu próprio grupo, com CNPJs diferentes, para retirá-los da categoria bancária, cortando direitos e reduzindo a remuneração”, segundo o portal do sindicato.
Para o dirigente do Sindicato e bancário do Santander, André Camorozano, “a prática do Santander configura fraude na representação sindical destes trabalhadores transferidos para outras empresas do grupo, que deixam a categoria e, consequentemente, perdem direitos e remuneração. No ato de hoje dialogamos com os trabalhadores do Radar e ficou muito claro que os bancários querem permanecer como bancários”.
Sempre é bom lembrar que essa prática de terceirização não é exclusiva do Banco Santander, outros bancos como o Banco Carrefour, braço financeiro da rede Carrefour de supermercados, Itaú/Unibanco e, até o Banco do Brasil, na era do governo do famigerado golpista Bolsonaro, realizaram terceirizações nesses mesmo moldes.
Os trabalhadores e suas organizações não devem aceitar a política que aprofunda os ataques dos banqueiros. Somente uma luta unitária dos trabalhadores bancários pode barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros. Os sindicatos de luta da categoria bancária devem organizar imediatamente uma campanha contra as demissões e a política de terceirização.