Após mais uma recusa do Governo do Estado durante uma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) no dia 3 de agosto, profissionais da educação da rede estadual de Alagoas optaram por entrar em greve nos dias 10, 11 e 14 de agosto. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada na manhã do dia 4, na sede do Sinteal.
A assembleia transcorreu com um clima de indignação, refletindo o sentimento de desrespeito e desvalorização que os trabalhadores da educação vêm enfrentando por parte do governo estadual, liderado pelo governador Paulo Dantas. A categoria demonstrou sua disposição em intensificar o movimento e adotar medidas mais radicais.
O presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, destacou o comprometimento da categoria em lutar por melhores condições e ressaltou o histórico de mobilização: “Estamos construindo o movimento, fizemos uma grande paralisação e fechamos mais de 100 escolas na semana passada, com grande caminhada em Maceió, que foi encerrada com as portas do palácio sendo abertas, e o Governo marcando uma reunião para reabrir as negociações. A reunião de ontem (03/08) pela falta de objetividade nas respostas da gestão à nossa pauta, reforçou mais ainda a nossa disposição de luta.”
Após debates intensos, a assembleia aprovou a proposta de uma greve de três dias, iniciando em 10 de agosto para cumprir o prazo de 72 horas de antecedência exigido por lei. No dia 11 de agosto, Dia do Estudante, está prevista uma mobilização no CEPA às 09 horas. Em 14 de agosto, segunda-feira, ocorrerá uma nova assembleia de avaliação do movimento, seguida de um ato público.
A diretoria do Sinteal enfatizou a importância de fortalecer a luta por meio da conscientização da comunidade escolar: “Vamos continuar indo às escolas, reforçar para a greve. Convocar pais e mães de alunos, explicar o que está acontecendo e as razões da nossa luta. O apoio da comunidade escolar é fundamental para pressionar o governo a valorizar a educação pública,” afirmou a vice-presidenta do Sinteal, professora Consuelo Correia.
Além das questões salariais, a assembleia também abordou outros pontos da pauta de luta, como a mudança de letra dos profissionais da Educação e o rateio dos recursos dos precatórios do FUNDEF, que serão distribuídos em 2024. A diretoria do Sinteal esclareceu dúvidas e reforçou a importância da unidade da categoria.
Com a greve programada e uma série de reivindicações não atendidas, os trabalhadores da educação em Alagoas demonstram sua determinação em lutar por seus direitos e por uma educação pública de qualidade. A mobilização deverá continuar até que suas demandas sejam atendidas pelo governo estadual.