Após duas semanas de ocupação, o exército de “Israel” foi derrotado pela Resistência Palestina e obrigado a abandonar o complexo hospitalar de Al-Shifa, no norte da Faixa de Gaza, deixando, no entanto, um rastro de destruição e mortes que chocaram o mundo. Segundo o governo de Gaza, mais de mil imóveis foram atacados pelos sionistas e pelo menos 400 palestinos foram martirizados.
“O exército de ocupação israelita cometeu crimes ao destruir, queimar e atacar 1.050 casas nas imediações da infraestrutura hospitalar Shifa, matando mais de 400 mártires e prendendo e torturando centenas de pacientes e pessoas deslocadas”, informou o governo da Faixa de Gaza em nota.
Em outra denúncia da perversidade sionista, a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (organização humanitária ligada à Cruz Vermelha) denunciou à rede de televisão do Catar Al Jazeera os crimes bárbaros cometidos por “Israel” contra a equipe médica do hospital identificados pela entidade:
“A situação é terrível, alguns integrantes da equipe médica foram mortos, outros torturados, outros detidos. Acima de tudo, o hospital foi sitiado por duas semanas sem suprimentos médicos ou mesmo comida, ou água”, disse à emissora catarense o representante da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, Raed al-Nims.
O porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, anunciou que a monstruosidade dos invasores não se deteve à quantidade, dirigindo-se à forma como muitos palestinos morreram. Segundo Basal, foram encontrados cadáveres algemados, ou seja, absolutamente incapazes de se defender das forças israelenses, que executaram muitos civis no interior dos prédios de Al Shifa, conforme o porta-voz.
Basal informa também que pelo menos 300 corpos em decomposição e com sinais de tortura foram espalhados pelos sionistas nas proximidades do complexo médico. O número de mortos, no entanto, ainda é incerto porque as estradas da região foram demolidas pelos sionistas, dificultando a busca por corpos, no interior do complexo hospitalar e principalmente nos arredores.