O Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros (Selic) para 13,25% na reunião do Comitê de Política Monetária encerrada no último dia 2. O corte de 0,5 pontos percentuais encerra um ano de Selic estacionada em 13,75%, mas mantém o crédito comercial extremamente elevado, flutuando na casa dos 20%, conforme a nota para a imprensa divulgada pela autoridade monetária do País em 27 de julho.
Segundo as estatísticas divulgadas pelo BC, a taxa média de juros para empresas era de 23,1% ao ano, chegando a impressionantes 59,1% para pessoas físicas. As taxas têm como base o mês de junho, mas revelam o problema básico da política de juros do BC.
Como é da Selic que se derivam as demais operações de crédito, uma taxa básica tão elevada como a que vinha sendo praticada termina por encarecer expressivamente o crédito que será tomado, por exemplo, pelos pequenos empresários para seu capital de giro, ou para a construção e aquisição de moradias.
A política do BC, contudo, não se devia a nenhum engano, mas ao próprio interesse dos banqueiros, parasitas da economia nacional que, além de obterem um lucro astronômico com o juro real mais alto do planeta, o do Brasil, aumentam ainda mais suas receitas com os desesperados que pelas mais diversas razões se veem obrigados a recorrer ao crédito monopolizado por esses vampiros da nação. É preciso uma ampla luta pela estatização do sistema financeiro nacional, de modo que o atual monopólio privado seja controlado pelo povo e a ele responda.