Tribuna do Movimento: fora Campos Neto, capacho do imperialismo!

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Se tem uma medida implementada pela burguesia para engessar qualquer tipo de possibilidade de desenvolvimento soberano e econômico do Brasil, que tem sido eficiente nessa propositura, é a chamada autonomia do Banco Central.

Tendo em vista a enorme possibilidade de revés contra o golpe de Estado de 2016, a burguesia brasileira tratou de estabelecer mecanismos que permitissem que a mesma continuasse dando a linha no fundamental da política econômica nacional, por meio do controle dos fluxos de investimentos através do controle da política monetária nacional.

O Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que foi colocado nesse cargo por Bolsonaro, pelos banqueiros e pelos demais representantes políticos da burguesia no Senado Federal, tem demonstrado essa situação na prática. Atualmente só se pode alterar a presidência do Banco Central após dois anos do início do mandato. Ou seja, o programa político eleito nas urnas não está à frente da principal autoridade monetária do país, em uma clara violação do poder soberano das urnas.

No dia 21 de junho de 2023, após reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), ficou definido a manutenção da taxa básica de juros em 13,75%. Essa medida já era um absurdo desde antes, tendo em vista a destruição do país nos últimos anos e a situação de completa miséria em que a população está sobrevivendo, sendo necessário uma forte política de investimentos para retomada da economia e dos empregos. 

Atualmente, com a redução da inflação e a retomada do crescimento do PIB do país, essa medida de manter a taxa básica de juros nas alturas só pode ser compreendida enquanto um crime de ataque aos interesses nacionais. Se fosse em um país com instituições sérias, no mínimo esse senhor chamado Roberto Campos Neto estaria demitido e preso, por atentar contra os interesses do país!

Da maneira em que o Banco Central tem tocado a política de juros do país, não existe manobra política por parte do governo brasileiro que aguente por muito tempo contornar a sabotagem que tem sido colocada pelos banqueiros e Campos Neto, que já fazem um verdadeiro saque do orçamento nacional com os juros e amortizações da dívida pública, abocanhando 60% do dinheiro do Estado brasileiro.

É necessário travar uma verdadeira guerra política contra a sabotagem de Campos Neto e o sistema financeiro, abandonar a política de combate de baixa intensidade e fazer o devido enfrentamento. Deixar para fazer isso será dar margem para se chegar a um estágio irreversível.