Precisamos multiplicar os Comitês de Luta, pelo Fora Bolsonaro e por Lula presidente, junto com os companheiros do PT e de toda a esquerda que queiram efetivamente lutar e rejeitem a política de colaboração com os golpistas da frente ampla, da frente com os genocidas e inimigos do povo
No momento em que redigimos essa coluna, dirigentes e militantes do nosso Partido, o PCO, estão para se reunir em São Paulo, com base nas deliberações aprovadas em nossa Conferência Nacional, para debater as orientações unificadas com as quais participaremos das eleições desse ano e escolher nossos candidatos, nessa que é a maior e mais importante cidade do País, pelo seu gigantismo e, principalmente, pelo papel decisivo de sua combativa classe operária em toda a historia da luta dos trabalhadores em nosso País.
Essas serão, por certo, as eleições mais antidemocráticas e fraudulentas das últimas décadas. E nosso Partido não participa desse processo para semear ilusões de que poderemos mudar, minimamente que seja a situação, por meio de um processo eleitoral totalmente dominado pelas máquinas da direita e com a esquerda e a classe trabalhadora colocadas em uma enorme defensiva política frente aos ataques que vem sofrendo.
Participamos para denunciar a fraude e para buscar fazer avançar a organização revolucionária dos trabalhadores e da juventude. Assim, em plena situação de pandemia, com nossa cidade tendo, oficialmente (com número subnotificados e/ou falsificados), quase 12 mil mortos (cerca de um de cada 10 brasileiros falecidos), é um crime criar a ilusão de que esta situação possa ser resolvida por promessas eleitorais que já começam a se multiplicar, inclusive na boca de candidatos da esquerda.
A contrário de fazer promessas, vamos às eleições para fazer da campanha do PCO uma tribuna popular, colocando que apenas a mobilização popular pode barrar o genocídio de nosso povo (que não se resume, infelizmente, à pandemia), resolver o problema da miséria, do desemprego etc.
Por isso vamos dizer claramente, que não há solução no marco das eleições municipais, e não há solução sem a luta dos trabalhadores, da juventude e demais explorados e suas organizações. Assim, nosso eixo nas eleições é impulsionar esta campanha, pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas e para unir a esquerda, não em torno de mesquinho resultados eleitorais imediatos (que não virão!) mas em torno de uma luta geral, na qual lancemos mão de todas as armas que dispomos, de nossas organizações, da enorme força da luta do povo, de nossas lideranças, dentre elas da liderança do ex-presidente Lula, a única capaz de unir a esquerda com um imenso apoio popular para levar a frente uma luta contra o regime golpista. Por isso, vamos às eleições tendo como um dos eixos fundamentais fazer o chamado da unidade da esquerda e dos trabalhadores na defesa da restituição dos direitos de Lula e da sua candidatura à presidente.
Vamos colocar toda nossa energia miitantes e os limitados recursos de que dispusermos para denunciar a hipocrisia dos governos que destruíram a saúde pública, como no caso de São Paulo, onde temos o governo campeão mundial em abertura de covas, uma cidade rica levada ao caos de ter um número de mortes que , se fosse o País, nos colocaria entre os 15 primeiros do mundo com mais óbitos, mais de 100 vezes o número de mortos da pequena e pobre, mas revolucionária ilha de Cuba que tem população equivalente à de nossa cidade.
Não vamos enganar o povo de que as transformações de que nosso povo precisa podem ser feitas apenas no âmbito do município. Não, o PCO não vai mentir para a classe operária paulista e de todo o País. Nosso programa coloca que os problemas mais elementares dos trabalhadores não serão resolvidos por projetos de vereadores ou iniciativas dos executivos locais mas só podem ser resolvidos por uma mobilização nacional da classe trabalhadora que ponha abaixo o regime golpista.
Vamos denunciar que os governantes “científicos” como Dória e Covas, são sócios de Bolsonaro no genocídio de nosso povo para favorecer os interesses dos grandes bancos e outras parasitas que estão buscando lucrar com a morte e a miséria de parcelas cada vez maior da população.
Vamos apontar que os bilionários recursos que poderiam ir para a saúde foram desviados pelas máfias políticas burguesas, não há e nunca houve testes em massa, não há construção de hospitais, equipamentos necessários etc. Tudo que seria efetivo em um combate em larga escala contra a pandemia. Para os funcionários da saúde não houve sequer materiais de proteção suficientes. Eles, ao invés de contratarem milhares de trabalhadores da saúde, aumentarem os salários etc. aprovaram mais arrocho, mais demissões. Dória está propondo fechar estatais, demitir, cortar verbas das universidades, com o PL 529e outras medida. É um criminoso, que está em guerra contar o povo, da mesma forma que Bolsonaro e todos os golpistas.
Não vamos prometer resolver essa situação. Vamos chamar o povo a lutar. Não há outro caminho.
Diante disso precisam ser criado os conselhos de saúde nos bairros populares, para levar uma política que nada tem a ver com a dos governos da direita, de luta pelas reivindicações da população pobre e trabalhadora que não têm direito a testes e não pode se tratar no Albert Einstein.
Precisamos multiplicar os Comitês de Luta, pelo Fora Bolsonaro e por Lula presidente, junto com os companheiros do PT e de toda a esquerda que queiram efetivamente lutar e rejeitem a política de colaboração com os golpistas da frente ampla, da frente com os genocidas e inimigos do povo.
Vamos dar a batalha pela vitória da luta dos trabalhadores, como a greve dos correios contra a privatização e o rebaixamento salarial e demissões (contra os pelegos que sequer querem fazer assembleias temendo se contaminar com os trabalhadores que se aglomeram todos os dias em seus locais de trabalho), precisamos que nossos sindicatos e organizações de luta dos trabalhadores levantem a reivindicação de redução da jornada de trabalho, para o máximo de 35 horas semanais, sem redução dos salários e pela escala móvel das horas de trabalho: trabalhar menos para que todos trabalhem.
É preciso também lutar por um plano imediato de obras públicas, que crie frentes de trabalho, com obras de interesse emergencial da maioria da população como a construção de hospitais, milhões de moradias, multiplicar o número de salas de aula (pondo fim à superlotação), além de outras necessidades dos trabalhadores, como as obras de calçamento e saneamento nas periferias. Medidas como essas poderiam gerar milhões de emprego e impulsionar a economia em áreas fundamentais do interesse da população. Isso só pode ser conquistado meio dos comitês de luta, dos sindicatos. A classe operária de São Paulo tem tradição no movimento de luta desempregados, precisamos resgatar isso, inclusive com reivindicações fundamentais, um conjunto de medidas efetivas de combate ao desemprego. Não podemos permitir que a direita use o desemprego para “restituir a escravidão”, como Dória que quer “contratar” trabalhadores por R$330; precisamos ter medidas efetivas.
Eles estão aproveitando o problema do coronavírus para atacar, com ainda mais profundidade, a educação pública. O EAD é um exemplo claro disso, destruindo o ensino para os estudantes e servindo para os capitalistas como uma maneira de redução dos custos. Agora temos um problema ainda mais grave: a volta às aulas, que os governos da direita querem impor em benefício dos banqueiros, dos donos de escolas privadas e outros parasitas do povo. Essa medida vai intensificar o genocídio, como ficou provado em cidade em que as aulas retornaram, como Manaus, onde testes detectaram a contaminação de 30% dos trabalhadores da Educação. Isso pode aprofundar o genocídio, sendo uma ameaça para nossos filhos e alunos. Uma pesquisa mostrou que 70% deles seriam assintomáticos, podendo servir como transmissores da doença para milhões de adultos e idosos.
Também nesse caso, só a mobilização dos estudantes e professores poderão barrar este ataque. Vamos usar a campanha para defender e mobilizar para que a volta às aulas só ocorra com o fim da pandemia e com vacina.
Sob a base dessa política, da política revolucionária do PCO, aceitamos – com certo orgulho – de quem há pouco mais de 30 anos se transferiu para essa cidade para se dedicar à causa da construção do partido revolucionário nessa que é a mais importante picadela operária de nosso País, e uma das mais importantes do mundo – a missão dada pela direção e militantes do PCO, de sermos o candidato à prefeito pelo nosso Partido, para impulsionar uma campanha em torno dessas e outras medidas de nosso programa, como a luta por um governo dos trabalhadores, um governo da classe operária que constrói a riqueza de nossa cidade, do nosso País e de todo o mundo.