Depois de uma grande campanha pela libertação de José Rainha feita pelos Comitês de Luta, o líder da luta pela terra, que estava preso por três meses, foi solto. No entanto, seus direitos políticos continuam restritos.
Antônio Carlos Silva, da coordenação nacional dos comitês de luta, fez uma visita a José Rainha, no Pontal do Paranapanema, e explicou um pouco a situação do companheiro.
Em entrevista do Diário Causa Operária, Antônio Carlos explicou que as restrições à liberdade de Zé Rainha “são, obviamente, um crime”, conforme vêm denunciando os comitês. Rainha encontra-se, nesse momento, em prisão domiciliar.
Antônio Carlos destacou, ainda, que na reunião, “fomos levar a nossa solidariedade aos companheiros e também conversar um pouco com ele sobre a situação política, sobre as decisões da III Conferência Nacional.”
“Ele nos disse que considerou importante a participação da FNL na III Conferência Nacional dos Comitês e que o nosso objetivo – tanto o nosso como o dele – junto com vários outros setores que estavam na conferência, os setores do movimento da luta pela moradia, os índios etc., é procurar estreitar uma frente de luta, uma frente de mobilização em torno de reivindicações concretas”, afirmou Antônio Carlos.
A situação de Rainha mostra a necessidade de uma mobilização em defesa dos movimentos populares. Sua prisão é parte da perseguição que a direita quer impor contra os trabalhadores sem-terra e os movimentos sociais com a abertura da CPI do MST. É preciso denunciar a direita e levantar um conjunto de reivindicações do povo.