O governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), solicitou um estudo sobre a viabilidade da privatização de linhas do Metrô e da CPTM. Em junho, a direitista Folha de S. Paulo antecipou que “a ideia de Tarcísio é conceder também as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata” (“Tarcísio quer conceder todas as linhas do metrô de SP e reforçar marca privatista”, Guilherme Sato, 22/6/2023).
Conforme a Folha, o estudo teria sido pedido em abril, indicando que o governador está preparando a privatização do transporte sobre trilhos na capital paulista e na região metropolitana.
Em entrevista ao portal da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Ribeiro Duarte Lisboa, lembra que em cidades onde o projeto de privatização avançou, os usuários acabaram com tarifas absurdamente caras.
“A SuperVia do Rio de Janeiro”, lembra, ”tem a tarifa mais cara do Brasil, custando R$ 7,40.” (“‘Privatizar o Metrô irá piorar o serviço e aumentar a tarifa’, diz Camila Lisboa”, Vanessa Ramos, 18/7/2023). A sindicalista ressalta também que o Metrô de Belo Horizonte foi privatizado em dezembro do ano passado e já tem bilhetes por R$5,30.
Os metroviários devem se mobilizar em comitês para impedir esse duro ataque aos trabalhadores, que atuam ou usam o sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo, convocando a população a defender esse serviço essencial ao povo.