Metrô do Recife volta a funcionar até o dia 5

Após 25 dias de paralisação, o Metrô do Recife voltou a operar normalmente após a suspensão da greve, decretada na última sexta-feira (26). Um dia antes, na quinta, uma reunião entre a categoria, representantes do governo federal e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) selou o acordo para a volta ao trabalho, segundo o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro), após o acordo de reajuste salarial de 3,45%, garantia de realocação dos operários em outros órgãos públicos no caso de uma eventual privatização ou extinção do serviço de Metrô na capital pernambucana e redução da jornada de trabalho sem redução do salário para pais de filhos com deficiência, além de uma comemoração no dia 26 de outubro, dia do metroviário.

Desde o dia 2 de agosto, o serviço de transporte em massa sobre trilhos do Recife encontra-se total ou parcialmente paralisado pela greve dos metroviários. Após um duro ataque desferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, os trabalhadores foram coagidos suspender parcialmente a greve e manter o serviço integralmente funcional durante o horário de pico (de 5h30 a 8h30 e das 17h às 20h). Após dois dias recebendo multas por descumprir a ordem da ditadura judicial, os metroviários acataram a determinação dos togados.

O Sindmetro decretou que a paralisação seja suspensa, mas o estado de greve seja mantido até o próximo dia 5, quando uma nova assembleia da categoria deve se reunir. Sobre o acordo feito, é preciso destacar que demandar o realocação dos trabalhadores em caso da entrega do serviço aos capitalistas já é, em si, uma demonstração de que o Sindmetro aceitou como favas contadas a privatização do transporte sobre trilhos no Recife.

Os operários e comitês da categoria devem fazer uma agitação para impedir qualquer desfecho previsto e aparentemente aceito pela direção sindical, e exigir que o Metrô continue sendo público, além do atendimento das demais necessidades dos operários, independente da justiça golpista concordar ou não com as reivindicações ou os métodos.