O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Porto Alegre (Stetpoa) encerrou no último dia 3 a greve de ônibus da Carris, empresa pública de Porto Alegre. Os operários decidiram cruzar os braços contra a privatização da companhia pública, realizando uma paralisação parcial das linhas, o que naturalmente não surtiu efeito.
A empresa foi a leilão mesmo assim, ocorrido no último dia 2, com a empresa Viamão ganhando a concessão por R$109,96 milhões. Segundo a prefeitura da capital gaúcha, 81,7% dos trabalhadores da Carris terão estabilidade garantida pelos próximos 12 meses após a entrega da empresa aos capitalistas.
Quanto aos 18,3% restantes (quase um quinto dos trabalhadores) e todos os operários após o limitado período de estabilidade, absolutamente nada a ganhar, situação que obriga a categoria a retomar as mobilizações e paralisando o serviço integralmente, enfrentando a prefeitura e a justiça se necessário for. Os trabalhadores dos transportes público não tem nada a perder exigindo, pela força da categoria, que a privatização seja interrompida. Devem, portanto, ir à luta e derrotar a pirataria da empresa pública, que fatalmente lhes custará muito caro se não for interrompida.