A África do Sul denunciou Israel por genocídio, perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), pelos ataques contra o povo palestino em Gaza. O principal órgão judicial das Nações Unidas confirmou o recebimento da acusação nesta sexta-feira (29).
No texto, a África do Sul afirma que os “atos e omissões de Israel têm caráter genocida, pois estão acompanhados da intenção específica necessária […] de destruir os palestinos de Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico mais amplo dos palestinos”, publicou a Deutsche Welle Brasil.
Joanesburgo aponta ainda que “a conduta de Israel em relação aos palestinos em Gaza, por meio de seus órgãos estatais, agentes estatais e outras pessoas e entidades que atuam sob suas instruções ou sob sua direção, controle ou influência, viola suas obrigações nos termos da Convenção de Genocídio”.
Dessa forma, a África do Sul solicita à CIJ uma ordem provisória para que Tel Aviv suspenda imediatamente suas operações militares contra o povo palestino.
Em reação, o ministro das Relações Exteriores, Lior Haiat, rejeitou a acusação, considerando se tratar de “difamação”. Além disso, o representante de Tel Aviv disse que a denúncia “carece de base factual e jurídica e constitui uma exploração desprezível e desdenhosa do Tribunal”.
Haiat se referiu ao Hamas como “organização terrorista” e que, nas palavras dele, “Israel está comprometido com o direito internacional” e “que os residentes da Faixa de Gaza não são o inimigos”, em publicação que apela pela rejeição das reivindicações da África do Sul.
Ataques
De acordo com a CNN, tanques israelenses avançaram sobre o centro da Faixa de Gaza entre a última quinta (28) e sexta-feira (29), e quase 200 pessoas morreram nesse intervalo de tempo, que também registrou ataques aéreos no sul do território.
Além de forçar novos processos de êxodo, a ofensiva israelense leva o total de 21.507 palestinos mortos, de acordo com autoridades de saúde da Faixa de Gaza. As forças militares de Tel Aviv são acusadas de ataques em áreas hospitalares, ameaças a jornalistas, violências sexuais e outras humilhações.
Fonte: Brasil de Fato