Ocorrida em agosto, a Operação Resgate III libertou 532 trabalhadores das condições de trabalho escravo. A ação envolveu seis instituições brasileiras, mobilizando mais de 70 equipes de fiscalização, que conduziram 222 inspeções em 22 estados e no Distrito Federal. Os estados com o maior número de resgatados foram Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Piauí e Maranhão.
Conforme o balanço apresentado pela operação, as atividades econômicas com maior número de vítimas do trabalho escravo são da área rural. Nas cidades, destacaram-se os resgates em restaurantes, oficinas de costura e construção civil.
Entre os casos que mais chamaram a atenção das equipes estão o de uma idosa de 90 anos que trabalhou por 16 anos sem carteira assinada na residência de uma empregadora de 101 anos, tornando-se a pessoa mais idosa já resgatada de trabalho escravo no Brasil. Em outro caso, destacaram o resgate de 97 trabalhadores que atuavam na colheita do alho em Minas Gerais, incluindo seis adolescentes, uma deles grávida.
As equipes de fiscalização identificaram 26 crianças e adolescentes submetidos a trabalho infantil, sendo que seis deles também estavam em condições de escravidão. Pelo menos 74 dos resgatados foram vítimas de tráfico de pessoas.
FONTE: Diário Causa Operária