A chacina promovida pela PM no Guarujá e que ameaça se estender a outras cidades da Baixada Santista, renova a urgência de uma antiga reivindicação popular: a extinção da polícia, em suas mais variadas instâncias, federais, estaduais, militares e civis. Enquanto aterrorizam a população por meio de um rastro de mortes, pululam nas redes sociais perfis de policiais (da ativa e da reserva) fazendo escárnio do massacre promovido.
Não se trata aqui, naturalmente, de pedir a censura a tais manifestações, mas a compreensão de que não existe uma dita “banda podre” da polícia, mas um grupo muito pequeno de indivíduos que não compactuam com a política normal das polícias. Não é, portanto, algo que possa ser corrigido.
Em outra evidência do problema político, o ministro Silvio Almeida até o último dia 1º não tinha se manifestado em seu perfil no Twitter, revelando que o dito “racismo estrutural” nada mais é do que uma palavra bonita para projetá-lo no meio acadêmico e além. De modo que cabe aos comitês de luta retomarem as atividades pelo fim imediato das polícias, do aparato de terror do Estado e das leis repressivas. Enquanto estas organizações continuarem existindo, os setores mais pobres das famílias trabalhadoras estarão eternamente ameaçados pela barbárie, torturas e assassinatos promovidos pelo exército de carniceiros que se vangloriam de sua selvageria contra os mais humildes.