Seguindo os passos da PM-SP, as polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro iniciaram na manhã desta quarta (2) uma operação conjunta no Complexo da Penha, na Zona Norte da capital fluminense, que resultou em pelo menos 10 mortos e três feridos.
À imprensa, os policiais disseram que a operação visava prender chefes do tráfico de drogas do Comando Vermelho, que supostamente se reuniriam na Vila Cruzeiro. Na versão pouco crível dada pelos policiais, eles teriam sido recebidos a tiros quando chegaram no local, razão pela qual mataram 10 pessoas.
A brutalidade da polícia do Rio com a população pobre das favelas da cidade é fartamente documentada pela absurda quantidade de chacinas promovidas pelas forças de repressão fluminense nos bairros de trabalhadores. De tão corriqueiros os massacres, ninguém em perfeito juízo pode negar que a polícia é uma instituição que não pode ser corrigida, devendo ser extinta por meio da mobilização popular. A segurança dos trabalhadores deve ser feita por comitês formados e eleitos pelos próprios, jamais por uma força burocrática e controlada pela direita.