São Paulo: linha privatizada do trem dá exemplo de fracasso

A Linha 9-Esmeralda, da malha ferroviária da grande São Paulo, linha essa que se encontra em mãos do setor privado, teve as suas operações paralisadas por 27 horas no último dia 03 de outubro devido a uma pane no sistema elétrico, segundo informações da própria concessionária, a ViaMobilidade. Não foi a primeira vez e, logicamente, não será a última, mas é o quarto dia consecutivo que essa linha apresenta problemas no seu funcionamento. Além da pane elétrica, apresentou superaquecimento de pastilhas nos seus vagões e até desabamento de teto em estação aconteceu.

O atual governador bolsonarista, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, é, da mesma forma dos governos anteriores do PSDB, um neoliberal convicto, a favor de privatizar tudo que estiver ao seu alcance. E o metrô de São Paulo, logicamente, está na alça de mira da sua completa privatização.

Com a greve dos trabalhadores da Sabesp, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e do Metrô, na semana passada, Tarcísio aumentou a sua sanha reacionária e partiu para cima dos trabalhadores com ameaças de privatizações e alega que a entrega dos serviços público para os capitalistas era parte do seu programa nas eleições e, agora, pretende colocá-las em prática.

As privatizações são verdadeiros presentes de pai para filho, onde as empresas estatais são entregues de mão beijada para os parasitas capitalistas nacionais e internacionais. A Vale do Rio Doce, privatizada no famigerado governo do PSDB de Fernando Henrique Cardoso no começo da década de 1990, doou a maior empresa mineradora do mundo por míseros 3 bilhões de dólares.

Além disso, as privatizações trazem um verdadeiro prejuízo para os funcionários dessas empresas através da demissão em massa, arrocho salarial, falta de pagamento de salários, ou seja, um aumento desenfreado da superexploração dos trabalhadores.

Os trabalhadores do metrô paulista cruzaram os braços a partir da meia noite do dia 03, numa paralisação de 24h, proposta pelas direções sindicais, contra a tentativa do governo de implementar a sua política de privatização. 

O que chama a atenção é que as paralisações que vem acontecendo nas linhas privatizadas do metrô não são efeitos de paralisações ou mesmo greves da categoria e, sim, pelos efeitos da privatização e da consequente sucateamento realizado pelas empresas pela obtenção de lucros a qualquer preço.

É preciso denunciar a política de privatização. É uma política contra os trabalhadores e todo o povo.