Na última quinta-feira (17), o Comando Nacional de Negociação e Mobilização da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) se reuniu com a direção da empresa para avaliar a proposta da ECT em relação ao plano de saúde e ao reajuste salaria da categoria.
A direção considerou, todavia, que a proposta era um escárnio com os trabalhadores, pois oferecia apenas 3,18% de recomposição nos salários a partir de janeiro do ano que vem e 3,18% de aumento nos benefícios a partir de agosto deste ano.
De acordo com a organização sindical, a direção dos Correios ainda encerrou as negociações logo após a apresentação da proposta citada.
“Essa proposta não apenas falha em recuperar as perdas salariais do último ano, mas também desrespeita e desvaloriza os trabalhadores e trabalhadoras de todo o país. O discurso de valorização dos funcionários contradiz totalmente a prática observada”, afirmou a FENTECT em nota oficial.
Foram convocadas, portanto, assembleias nacionais entre os dias 22 e 24 de agosto com a orientação de que os Sindicatos filiados à FENTECT denunciem a proposta da empresa, aprovem estado de greve nas chamadas bases territoriais e indiquem uma greve geral da categoria para o dia 12 do próximo mês. “É hora de acabar com as humilhações! Exigimos a restauração dos nossos direitos!”, termina a nota, a qual pode ser lida por meio deste link.
Em um momento em que o governo Lula está completamente cercado pela direita, a única forma de garantir os direitos dos trabalhadores é por meio da mobilização. Nesse sentido, a política apresentada, de convocação de uma greve geral, é acertada. Todavia, ela não deve ser uma mera formalidade: deve ser organizada a começar pelas bases para que se torne um movimento grevista sólido, que possa, inclusive, se alastrar para outras categorias.
É assim que Lula terá as condições políticas para que possa aprovar medidas que realmente impactem positivamente a vida dos trabalhadores. Essa é a única maneira.