Aconteceu em São Paulo, na manhã do último dia 3, o ato dos operários do transporte público e do serviço de saneamento, acompanhado pela greve das duas categorias, contra a decisão do governo direitista de Tarcísio de Freitas (Republicanos), determinado a atender os banqueiros parasitas e privatizar de maneira definitiva tanto o transporte sobre trilhos, quanto a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Devido à greve, quatro linhas do Metrô e três linhas de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foram paralisadas e duas linhas ferroviárias funcionam apenas parcialmente.
Um dia antes, a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, disse em assembleia que a principal reivindicação do movimento é o fim de todos os processos de terceirização e privatização em andamento, no Metrô, na CPTM e na Sabesp.
“E também”, acrescentou Lisboa, “a realização de um plebiscito oficial junto à população do estado para consultar sobre a privatização dessas três empresas públicas”.
O governador reagiu, declarando que “a greve é ilegal e abusiva”. “É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja utilizado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”, disse o Palácio dos Bandeirantes em nota. Além de Tarcísio de Freitas, a Justiça também se mobilizou para atacar os operários, à revelia de qualquer permissão legal para tal.
O direitista Tribunal Regional do Trabalho (TRT) chegou a proibir a greve total dos trabalhadores do Metrô, ordenando a circulação de 100% da frota de trens nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 80% nos demais períodos. Já os trabalhadores da Sabesp foram obrigados a 85% do contingente trabalhando, sob ameaça de multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento da ordem dos togados.