A guerra entre a Israel e Palestina chegou a um novo estágio com a negociação de uma trégua de quatro dias entre os grupos da resistência armada palestina e o Estado nazi-sionista de Israel. Os primeiros termos da trégua garantiriam a libertação de 10 prisioneiros feitos pelos grupos palestinos para cada 30 prisioneiros feitos pelos israelenses a cada dia da trégua.
O acordo também garantiu que durante os dias da trégua não houvesse nenhum bombardeio, ou agressão de qualquer lado, bem como Israel permitiria o abastecimento da Faixa de Gaza com ajuda humanitária, combustível e outros itens de primeira necessidade. O Catar e o Egito mediaram o acordo e se comprometeram a fiscalizar o seu cumprimento, mas Israel descumpriu inúmeras vezes os termos firmados.
O acordo colocou Israel numa posição de desvantagem, enquanto colocou os grupos da resistência armada palestina, mais notável deles o Hamas, numa posição de vantagem. A Operação Dilúvio de al-Aqsa, lançada pela coalizão de grupos palestinos, já mostrou a fraqueza de Israel, que sofreu um número considerável de baixas, talvez o maior número desde a fundação do Estado de Israel, além é claro de mostrar a debilidade do sistema de proteção antiaérea israelense, o “domo de ferro”.
A coalizão, composta principalmente pelos grupos Hamas, Jihad Islâmica e FPLP (Frente Popular de Libertação da Palestina), fez mais de 200 prisioneiros e eliminou mais de 400 combatentes das forças de ocupação israelense. Contudo, a maior das baixas está no campo do incontável: a baixa política.
Ao mostrar que o Hamas poderia atacar Tel-Aviv com foguetes, poderia atacar tropas sionistas com sucesso, fazer prisioneiros, etc. o mito da invencibilidade do exército israelense caiu por terra. Ficou demonstrado que, numa região bastante hostil ao Estado sionista e ao seu patrocinador central, os Estados Unidos, Israel estava fraco.
Os comandantes sionistas reagiram com extrema violência mataram em um único mês, três vezes mais do que mataram em cinco anos da Segunda Intifada (Insurreição palestina de 2000 a 2005), com quase 15.000 mortos. Apesar desta política fascista, Israel foi incapaz de atingir de forma decisiva os grupos da resistência armada palestina. Estes sofreram baixas, mas menores. O motivo é simples, Israel tinha, e tem, medo de atacar os grupos diretamente, por medo de ocasionar ainda mais baixas militares nas suas fileiras.
Os comandantes nazi-sionistas decidiram bombardear indiscriminadamente a Faixa de Gaza, e evitar incursões terrestres, afinal jogar bombas é praticamente sem riscos. Entrar na Faixa de Gaza, um dos territórios urbanos mais densamente populados do mundo, cheio de militantes que conhecem o terreno, é simplesmente algo suicida.
O começo da incursão terrestre em Gaza, por parte de Israel, gerou uma quantidade enorme de baixas para o exército israelense, o governo tem, de acordo com os veículos israelenses, sub-notificado o número de soldados mortos na luta contra a Palestina.
O acordo de trégua é uma gigantesca derrota para o governo de Israel. Após o ataque inicial da coalizão palestina, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu esmagar e acabar com o Hamas e tentou manter uma posição de não negociar e não reconhecer o Hamas como um grupo armado, mas como uma organização terrorista. Ao negociar a trégua, tudo isso se perdeu. A montanha pariu um rato. A derrota do dia 7 de outubro foi aumentada com a trégua de 24 de novembro.