Veja como foi a II Conferência Sindical Nacional do PCO

No último fim de semana, dias 14 e 15, foi realizada a II Conferência Sindical Nacional Causa Operária, coletivo de organização sindical formado por militantes e simpatizantes do Partido da Causa Operária.

No sábado (14), primeiro dia de debates, o companheiro Antônio Carlos Silva, coordenador da corrente, abriu os trabalhos com um panorama da situação geral da classe trabalhadora hoje no Brasil e no mundo, correlacionando toda efervescência que vem ocorrendo pelo mundo, seja na Palestina, na África ou na Ucrânia, com o que acontece aqui dentro do nosso país, lembrando que o inimigo principal de todos esses países e o Brasil é o mesmo: o Imperialismo.

Ainda no sábado, ocorreu a transmissão da Análise Política da Semana com o companheiro Rui Costa Pimenta foi apresentada direto do auditório da Apeoesp, onde estava sendo realizada a conferência e tratou de forma aprofundada da situação atual da guerra entre Israel e os palestinos.

No domingo (15) Antônio Carlos abriu a mesa debatendo sobre o retrocesso do movimento operário no Brasil desde a última grande onda de afluxo das lutas na década de 80 quando os sindicatos chegaram a fazer 15 mil greves por ano. “Depois da década de 80 em que tivemos um crescimento muito grande das lutas que levou ao fim da Ditadura, construção da CUT, vitória nos sindicatos contra o peleguismo, já no final da década de 80 ingressou em um período de retrocesso”, lembrou Antônio Carlos Silva, e continua, “Tínhamos no país o problema da grave inflação durante o governo Sarney que dava esse potencial de levantar a luta dos trabalhadores que é o que acontece hoje em países da Europa e nos EUA”, disse.

Antônio Carlos lembrou que, ao contrário do caso brasileiro, na Europa e EUA há um gigantesco movimento grevista, como não se via há muito tempo. No caso dos metalúrgicos dos EUA, o maior dos últimos 50 anos.

Destacou ainda que a falta de organização da classe trabalhadora brasileira pode ser conferida no baixo percentual de trabalhadores sindicalizados que no caso do Brasil é de apenas 9%, chegando em algumas categorias a apenas 3%,como é o caso dos trabalhadores do setor de construção civil.

Antônio Carlos falou ainda, brevemente, sobre o processo de construção da CUT e os embates entre os agrupamentos mais revolucionários dentro dos sindicatos e os mais conciliadores e até pelegos e como os últimos contribuem de forma decisiva para o refluxo das lutas dentro dos sindicatos.

Por fim foi colocada em pauta as tarefas necessárias à construção de uma vanguarda revolucionária dentro dos sindicatos, sendo a principal delas o trabalho de agitação e propaganda e por consequência da elaboração de materiais que é o instrumento por meio do qual será possível agrupar os trabalhadores interessados em travar a luta revolucionária.

Fonte: Diário Causa Operária (DCO)