Os condutores e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo (SP) decidiram cancelar a greve agendada para essa sexta-feira (1), garantindo assim a operação normal dos serviços na capital paulista. A categoria comunicou a possibilidade de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Enquanto isso, metroviários e ferroviários estão em protesto contra uma decisão judicial que suspendeu as eleições para a diretoria do sindicato e expressam oposição à potencial privatização do metrô. Na semana anterior, terminais de ônibus foram fechados, e uma pessoa foi baleada nas proximidades de uma garagem.
A Justiça impôs uma multa de R$ 50 mil a Edivaldo Santiago da Silva, líder da chapa vitoriosa nas eleições internas com 14 mil votos, de um total de 20 mil. A previsão era de que ele e sua equipe assumissem a direção do SindMotoristas na sexta-feira.
O caso representa uma grave intervenção do Judiciário nos sindicatos, cujo funcionamento deve ser completamente independente da burguesia. Esta, por sua vez, está tentando impedir uma grande greve em São Paulo de qualquer jeito, apelando para decisões absolutamente autoritárias contra a categoria.